«Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar a miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»
Almeida Garrett: Viagens na Minha Terra, 1846.
Vem isto a propósito da displicência com que o FMI vai sugerindo (não só a Portugal!...) que o SNS vá sendo substituído por um serviço de saúde privado. Aponta as seguradoras e outras entidades financeiras privadas. Com pés de veludo, manda para o lixo os valores mais básicos por que a humanidade em geral tem vindo a lutar para tornar uma realidade. Aponta assim para a rentabilização dos cuidados de saúde.
A doença como fonte de lucro, parece abominável, mas, na lógica empresarial de um hospital privado... faz todo o sentido. Se não o ùnico!
http://uivomania.blogspot.com/2006/11/formas-de-ver-as-coisas.html
O FMI, senta-nos nos joelhos (...) e dá-nos conselhos e, a maioria parece até, gostar.
1 comentário:
Uh!
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