sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Disbiose mental

Imaginando mil milhões de raios e trovões em uníssono, talvez possamos fazer uma ideia do que aconteceu quando o nada explodiu em todas as direcções e, se pôs a acontecer o que temos vindo a chamar de Universo.
...Talvez o Hergé se tenha lembrado disso quando pôs o Capitão Haddock a exclamar "com mil raios e trovões!"...
Poderá haver quem ache que o Hergé, o Capitão Haddock e já agora, o Tintim, não têm nada a ver com o caso! Mas eu, acho. Acho... na medida em que tudo tem a ver com tudo e, neste caso até tem a ver com nada, uma vez que - "segundo estudos recentes" -, é de lá que vimos!
...A maior parte das nossas vidas não nos lembramos disso!...
Vivemos, gastando o tempo a arranhar a fina capa que reveste a realidade, passamos fugazes pelo agora e, cultivamos a superficialidade - essa espécie de cobardia, com que evitamos imergir fundo e com vigor até à essência das coisas -, numa estratégia desvairada para não termos nada a ver com nada, ou seja: tratarmos da nossa "vidinha", sem gastar os neurónios.
Quase crime, é a dita superficialidade - o factor primordial de uma sociedade leviana enfeitada e disfarçada com "glamour" -, que transforma o Príncipe Lev Míchkin (O idiota - Dostoiévski), num imbecil.
E, que terá a ver o suposto Big Bang, o Hergé, o Capitão Haddock, o Tintim e a superfícialidade, com o facto do idiota do Lev Míchkin ser afinal uma pérola, deitada sem pejo aos porcos, por e para conforto de uma maioria mediocre e enfatuada que se sente ameaçada quando se raspa mais fundo na capa que reveste o miolo das coisas? Que terá o tudo a ver com o nada? As fortunas com a miséria? O Big Bang com o Big Crunch?