terça-feira, novembro 16, 2010

O seu a seu dono

A propósito de uma cimeira da nato que reúne 54 chefes de estado e de governo, as forças de segurança portuguesas, demonstram que - para além de toda a contenção orçamental - podem reunir os meios e assumem as competências para tornar Lisboa uma cidade segura! Pena que, a essa bolsa de segurança, que como que por magia se está a formar... os cidadãos comuns, não lhe tenham acesso. ...Se bem que a tenham que pagar.
A polícia admite que tem em mãos o maior desafio de segurança de sempre! Quanto a isto não estou de acordo; é que, cá, a criminalidade continua a aumentar e a polícia tem vindo a dizer que não tem meios para a contrariar!...
Portugal, enquanto um dos PIGS (ou PIIGGS?), não quis entregar os galões. Perdeu a oportunidade de mostrar que está a aprender a lição: cada um deve viver com o que tem. E enquanto a criminalidade em Portugal continuar a crescer perante a impotência dessa mesma polícia, quem quiser as costas quentes tem que as aquecer num outro lugar qualquer. E já agora, esta coisa de todos os espaços de restauração terem de trabalhar a tempo inteiro para a cimeira sem que mais ninguém possa aceder a esta área... confirma-me que, se bem que o parque das nações esteja a ser pago por nós todos até que deus queira... ele, não é nosso. É que naquilo que é meu, eu entro e saio quando quero, seguro, por forças pagas para me garantirem segurança.

sábado, outubro 16, 2010

A ilógica da lógica dos mercados

O governo português, acaba de apresentar o orçamento geral do estado para 2011. Um orçamento impopular, que alimenta a crescente polémica, em torno da capacidade (ou falta dela) do governo em funções. Os partidos da oposição permitem-se fazer um discurso popular e, quem os ouve poderá até pensar que detém a solução para a enorme salgalhada em que o país, à semelhança do resto do mundo http://www.independent.co.uk/news/business/news/imf-warns-countries-to-work-together-or-face-wars-2102446.html , se encontra.
Lamentavelmente, julgo que quem pensa que bastaria despedir este governo (muito em particular o Sócrates), para vivermos felizes e contentes, está redondamente enganado! Na lógica da alternância de poderes instalada, virá o PSD à praça pública com as mãos na cabeça, dizer que "isto" está muito pior do que pensavam... que os portugueses vão ter de começar a trabalhar a sério... a chegar a horas... e... vai de aumentarem os impostos, anular todos os projectos, começar novos estudos, estabelecer novas parcerias, celebrar novos contratos, contratar novos elementos, redecorar gabinetes, reestruturar as estruturas etc, etc... Tudo, claro, no melhor interesse dos Portugueses, Pim!... Os fundos da UE em troca de juros, de contrapartidas... os subsídios a fundo perdidos em abono de estratégias de mais ou menos boa fé, têm permitido que os principais partidos se chegem à gamela à vez sem que o povo português se revolte indignado.
Sente, claro, que há coisas estranhas: são já altas e claras as vozes - dentro e fora do país -, que acusam os portugueses de não serem competitivos. Contudo, produzimos apenas 60% do arroz que consumimos porque a UE não permite que produzamos mais! ...Autoriza apenas o cultivo de 24667 hectares e nós - não sei, se à boa ou à má, maneira portuguesa -, cultivamos 26800!... Pagaremos multas? O certo é que os euros saem de Portugal para comprar arroz. ...A maior parte do que compramos, vem de Suriname, Tailândia e Itália!... Podemos comprar, não podemos é produzir!... Não sei, concretamente, quem é o responsável por este parte/reparte da UE, bem como pela assinatura que vinculou Portugal a este acordo e a outros semelhantes, nem é, de momento, minha intenção apurar responsabilidades. Parece-me, isso sim, importante que se entenda, o quanto obsoleto está, o modelo económico pelo qual o mundo globalizado se rege. É o dragão a comer a própria cauda. O sistema que permite falar de mercados ingovernáveis e de governos manietados. A economia de mercado dita as regras e está na mão de accionistas cujo único e cego objectivo é o lucro rápido. Especuladores à solta, vá!... http://www.youtube.com/watch?v=lU-j2mIwOpE
Enquanto isso, os portugueses empurram a culpa uns para os outros, os povos do norte empurram para os do sul, os anglófonos, para francófonos, os germanos para os outros, os europeus para os estado unidenses, os ocidentais para os orientais... e, claro, os especuladores, sem qualquer noção do que é uma panela de pressão, brincam psicóticamente a aumentar zeros à direita, como se não houvesse amanhã.
Mantêm-se a bárbara lógica de que quanto mais atrapalhado estiver o indígena, mais se lhe deve cobrar! Bem que se poderia aprender com o Yunus http://pt.wikipedia.org/wiki/Muhammad_Yunus, que, curiosamente, consegue uma taxa de retorno de fazer inveja à esmagadora maioria dos bancos!
Estaremos nós então, inevitavelmente condenados a sofrer as consequencias desta ilógica da lógica de mercado? Desta ditadura que tanto tem de decrepita como de imatura e que olha sôfrega para tudo em que possa meter o dente?...
A Europa - fruto do acaso, da necessidade, do engenho ou de tudo junto -, acabou por construir um modelo socioeconómico que, desperta a cobiça destes investidores especulativos sem pejo. Gente que saliva a congeminar negócios na saúde, a promover doenças para vender curas. Pretendem o monopólio dos produtos alimentares. Fabricam guerras para vender armas. Urdem e despoletam crises para aumentar juros e açambarcar bens dos despojados. Criam necessidades absurdas de consumo e mandam produzir onde há mais miséria (sem querer ter conhecimento das condições em que se produz), para comprar mais barato e vender onde é possível vender mais caro... criar endividados!... Dividem para reinar... para abocanhar... e, a UE aprende tímida (demasiado tímida) lições da natureza:http://www.youtube.com/watch?v=xvaAlXgti_k&feature=related

domingo, junho 20, 2010

Saramago

Foi uma jovem brasileira que me fez recordar que Saramago nos alertou para a eventualidade de podermos sofrer de uma espécie de cegueira, vendo.
Parece-me pertinente! Não enquanto homenagem póstuma. É que me parece quase urgente, uma reflexão, mais que não seja sobre o título: "Ensaio sobre a cegueira".

quinta-feira, maio 27, 2010

Uma é minha outra é tua outra é de quem a apanhar

É lamentável que se dê tanto relevo ao ministro das finanças e tão pouco ao da economia. No meu entender, caberia ao ministério da economia, o papel principal e a cada um de nós exigir isso!... O homem devia desdobrar-se em acções que visassem dinamizar a economia nacional muito para além do que tem sido feito.
...Mas não! Vão-se aumentando com alguma timidez os impostos para efeitos de tesouraria... e tal... e coiso... e a malta, antes assim que pior! ...Vem aí o mundial... a vuvuzeta... as "mines"... a desilusão de coisa nenhuma... a silly season... férias e isso... castanhas assadas... o natal... os juros na banca a aumentar... e a malta sempre igual. ...Ressentida. Pois! Pudera!...

quinta-feira, maio 06, 2010

Uma pequena reflexão com uma grande pretensão

Por onde andariam as - agora tão apregoadas - agências de "rating", aquando por exemplo, do caso Madoff?!
Andariam elas atarefadas a credibilizar a economia da Islândia e do Dubai?!
Trabalharão estas empresas a soldo de especuladores sem escrúpulos?! Serão esses especuladores arautos de um sistema financeiro em agonia, com o rabo à mostra e que, envolve a todos?!...

sábado, maio 01, 2010

No poupar é que está o ganho ou, de como se pode poupar a importar

Segundo ouvi hoje, numa prestigiada emissora de rádio nacional, os Portugueses sofrem de esterilidade. As mulheres não produzem óvulos, os homens não produzem espermatozóides... os casais não produzem filhos...
Perante esta situação tem-se vindo a recorrer a especialistas de reprodução humana, em mais ou menos reputadas clínicas de fertilidade e no próprio serviço de saúde pública. Acontece porém que, decresceu substancialmente o número de doadores quer de esperma, quer de óvulos. ...E isto, será por via de uma lei retocada recentemente e que, obriga o doador a prescindir do anonimato!
Perante a escassez, importamos esperma e tecido ovárico, de Espanha principalmente! ...Onde a lei é mais flexível!
As clínicas de fertilização sempre a bumbar, nós a importar. A poupar o nosso precioso esperma! É caso para dizer; Têmo-los no sítio e cada vez maiores.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1557975

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Paradoxos... ou talvez não!

A realidade pode superar a ficção. Uma prova, é o Butão. Merece uma pesquisa e - no meu entender -, uma profunda reflexão.