terça-feira, dezembro 16, 2008

Ítaca

Quando partires, em direcção a Ítaca,
Cuida, para que a tua jornada seja uma jornada longa,
repleta de aventuras e descobertas.

...Lestrigões, Ciclopes, o irado Poseidon...
- não os temas,
...jamais, encontrarás coisas do género no caminho,
enquanto mantiveres os teus pensamentos elevados,
enquanto, mantiveres o teu corpo e espírito, envolvido,
por uma rara e sublime sensação.

Lestrigões e Ciclopes, o rebelde Poseidon...
- nunca te poderão perturbar,
a menos que os tenhas vindo a acalentar na alma,
a menos que, por isso,
a tua alma os possa tornar uma realidade no teu caminho.

Cuida,
para que a tua jornada seja uma jornada longa
para que possam haver muitas manhãs de Verão
e que possas entrar em portos que não conhecias,
cheio de prazer e alegria.

Que possas parar nos mercados de troca Fenícios
e encontrar coisas preciosas:
madrepérola, coral, âmbar, ébano,
perfumes sensuais de todos os tipos - tantos quantos possas encontrar -,
e que possas visitar muitas cidades Egípcias,
para que uma após outra vez, possas aprender com quem sabe.

Mantêm Ítaca, sempre em mente;
chegar lá é o teu destino...
mas, de modo algum, apresses a viagem...
melhor será que dure muitos e bons anos e que sejas velho ao lá chegar,
rico, com tudo o que foste ganhando pelo caminho
sem que nunca tenhas esperado que Ítaca te enriquecesse.

Ítaca, deu-te a viagem maravilhosa.

Sem Ítaca... jamais terias partido.

...Nada lhe restará para te dar quando chegares
e talvez te possa parecer pobre...
contudo, não te terá iludido.

Sábio, como então te terás tornado,
cheio de experiência,
entenderás por fim
o que representa
e qual o significado
de Ítaca.

Konstantinos Kavafy

sábado, dezembro 06, 2008

Um conselheiro de estado

Dias Loureiro vai ter muito para explicar.
Jorge Coelho também.
Valentim Loureiro (mais um... Loureiro), Talvez não precise explicar nada:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352260

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Eu, o BPP o BPN e outras boas empresas para nacionalizar

Tendo em conta a conjectura - sobre a qual tenho reflectido maduramente - e, não querendo deixar de utilizar o precioso sentido de oportunidade que caracteriza o homem de sucesso (o que arrisca e petisca!)... sendo ainda que, tenho a consciência de não ser o BPP ou o BPN... ainda assim... veio-me à ideia que bem podia ser nacionalizado!... Quer dizer, o estado, tornava-me viável a existência, de modo a que eu pudesse cumprir com todos os compromissos que tenho vindo a assumir para com quem acreditou em mim e me deu crédito (ainda que na mira de lucro. Especulativo, vá...).
...Uma espécie de aval ao especulador (no bom sentido!).
Tecnicamente, parece possível! Na prática... já se adivinha: tenho que dever um balurdio às pessoas certas; especuladores oportunistas, com provas dadas.
Talvez... o melhor, seja preparar-me para pagar impostos e, fugindo ao terror de ver cair um castelo de cartas, tornar o circo viável.