O accionista recebeu uma pista! ...A coisa estava quente lá para o médio oriente. Poderia até estalar uma guerra! Espreitou por um lado, espreitou pelo outro... ponderou rapidamente e vendeu umas acções que tinha aplicadas em energias renováveis, para realizar capital e comprar umas outras de uma empresa, que fabricava mísseis de médio alcance muito eficazes.
Tarimbado neste jogo, comprou também, acções de uma empresa que fabricava anti mísseis e, prevendo a subida do preço do petróleo, comprou ainda umas outras, de uma empresa petrolífera, de um outro lado do mundo.
O accionista, recebeu uma pista e, na mira de lucro, pôs o seu capital ao serviço da guerra!
Depois, sentado na sua cadeira ergonómica, bebia notícias e, perante recuos e avanços, deixou-se tomar por uma estranha volúpia, um desejo abstracto (ou seria concreto...), para que desatasse tudo à porrada! ...Essa é que é essa!...
Este é um espaço sem meta e sem rumo estabelecido. É fruto deste tempo em que cada vez mais de nós sabem muito de pouca coisa, muitos, sabem de tudo pouco e alguns, nos dizem o que havemos de pensar.
sábado, maio 28, 2005
terça-feira, maio 24, 2005
Continuação 4
Temos doentes, gente diferente, deficientes, debilitados, degenerados... mas, podemos dormir descansados... O sistema oferece serviços, técnicos devidamente credenciados para lhes tratarem da saúde... Tem uma filha com deficiências mentais, uma mãe com Alzheimer, um filho drogado, uma esposa em desnorte que lhe causa embaraços, que lhe consome o seu precioso tempo e o confronta, com a necessidade de mudanças para as quais está indisponível ou se sente impotente?... Não perca mais tempo... não mude, nem questione nada. Confie, apoie-se no sistema e liberte-se do fardo entregando-o a uma casa de saúde, uma clínica especializada, uma instituição de saúde mental que não queima ninguém na fogueira e já nem electrochoques aplica. Durma descansado, mantenha-se na corrida para o êxito, em troca de uma (mais, ou menos), modesta mensalidade!...
Na sequência dos esforços sérios que o Homem tem feito para erradicar a doença e o sofrimento, faz todo o sentido, apurar o conceito de saúde e, por outro lado, ao invés de sonegar conhecimentos (através de um esoterismo conveniente a quem é pressuposto tê-los), torná-los cada vez mais acessíveis a quem deles quiser fazer uso, estimular aqueles que, por comodismo ou por qualquer outra razão, o não querem fazer e, procurar envolver os doentes na sua própria cura, sugerindo-lhe a necessidade, de identificar a origem da doença e de, transformar as condições que conduzem a ela, através da mudança necessária, da terapia adequada... seja ela fitoterápica, homeopática, quimioterápica, cirúrgica, espiritual... enfim, o que se encontrar mais adequado!
Não é minha intenção, através destas criticas, atacar ou desvalorizar, serviços e profissionais ou o desenvolvimento técnico e científico nesta área, é sim, contribuir para que cada um de nós, nos tornemos cada vez mais, responsáveis e interessados pela nossa própria saúde, esperançado que, a sociedade mude em consequência. Estimular a vontade de nos conhecer-mos melhor, de modo a que aprendamos a conservar-nos sãos, desde logo lutando pelas condições básicas de vida, sem as quais a saúde se torna impossível.
Antes do mal estar, da dor, da doença instalada, poderemos interpretar sinais que, ainda que vagos, nos alertam para a necessidade de alterações que, poderão interromper o desenvolvimento da doença, inverter o processo e evitar assim, cuidados médicos posteriores.
Muitos desses sinais escapam-se-nos, não são interpretados como tal e daí este modesto contributo, que espero, não tenha contra-indicações!
Na sequência dos esforços sérios que o Homem tem feito para erradicar a doença e o sofrimento, faz todo o sentido, apurar o conceito de saúde e, por outro lado, ao invés de sonegar conhecimentos (através de um esoterismo conveniente a quem é pressuposto tê-los), torná-los cada vez mais acessíveis a quem deles quiser fazer uso, estimular aqueles que, por comodismo ou por qualquer outra razão, o não querem fazer e, procurar envolver os doentes na sua própria cura, sugerindo-lhe a necessidade, de identificar a origem da doença e de, transformar as condições que conduzem a ela, através da mudança necessária, da terapia adequada... seja ela fitoterápica, homeopática, quimioterápica, cirúrgica, espiritual... enfim, o que se encontrar mais adequado!
Não é minha intenção, através destas criticas, atacar ou desvalorizar, serviços e profissionais ou o desenvolvimento técnico e científico nesta área, é sim, contribuir para que cada um de nós, nos tornemos cada vez mais, responsáveis e interessados pela nossa própria saúde, esperançado que, a sociedade mude em consequência. Estimular a vontade de nos conhecer-mos melhor, de modo a que aprendamos a conservar-nos sãos, desde logo lutando pelas condições básicas de vida, sem as quais a saúde se torna impossível.
Antes do mal estar, da dor, da doença instalada, poderemos interpretar sinais que, ainda que vagos, nos alertam para a necessidade de alterações que, poderão interromper o desenvolvimento da doença, inverter o processo e evitar assim, cuidados médicos posteriores.
Muitos desses sinais escapam-se-nos, não são interpretados como tal e daí este modesto contributo, que espero, não tenha contra-indicações!
sexta-feira, maio 20, 2005
Continuação 3
Hoje, muito mudou! Graças aos pensadores livres, alguns medos deixaram de ter sustento, muitos tabus caíram e, ainda que outros se levantem e novos medos possam ser arquitectados por pretensiosos e ressentidos “senhores do saber”, alguma luz, tem chegado às trevas! A ignorância essencial, essa, que não permite “ver com o coração” e veda o conhecimento do fundamental, sempre camuflada, apresenta-se com novas roupagens mas, mantêm as máscaras de sempre; a da diligência, da responsabilidade, do sentido do dever, da consciência transcendente... da humildade dos sábios e, sem pejo, dá a entender saber coisas, com que nem sequer sonha! Questionada pelos mais afoitos, afirma não poder explicar o que ninguém iria compreender e, sobrevive assim, em todo o lado, com o conforto relativo que em geral é concedido, a quem, insinuando esconder por modéstia um misterioso saber que não pode ser explicado, deixa no ar a ideia de ter o poder de salvar, qualquer desgraçado...
Perante, aparentes e reais necessidades de promover, manter ou recuperar a saúde, muitas instituições, chamaram a si essa responsabilidade e, se bem que em muitos casos a sua utilidade seja inquestionável, noutros, não é assim! Os esforços para promover e manter a saúde, são débeis, e, muitos dos doentes que poderiam ser curados não o são, uma vez que se insiste em (apenas) anular sintomas, sem reflectir na origem/causa, das doenças...
Mantêm-se o estado das coisas... debela-se a febre e mantêm-se a carraça na prega da orelha!
Perante, aparentes e reais necessidades de promover, manter ou recuperar a saúde, muitas instituições, chamaram a si essa responsabilidade e, se bem que em muitos casos a sua utilidade seja inquestionável, noutros, não é assim! Os esforços para promover e manter a saúde, são débeis, e, muitos dos doentes que poderiam ser curados não o são, uma vez que se insiste em (apenas) anular sintomas, sem reflectir na origem/causa, das doenças...
Mantêm-se o estado das coisas... debela-se a febre e mantêm-se a carraça na prega da orelha!
terça-feira, maio 17, 2005
Continuação 2
...Perante uma crise convulsiva de um epiléptico, as consequências da ignorância, foram brutais e dramáticas. Os doutos sábios, recusando-se a confessar as suas limitações, incapazes da verdadeira compaixão e, confrontados com a necessidade de sossegar os espíritos perturbados por medos irracionais, que emergiam soltos de um misterioso imaginário... no mínimo, participaram na construção de soluções dantescas que, ao que parece, só o homem é capaz! Perante esse desassossego da família e da comunidade em geral, a impotência de magos e sábios, de líderes políticos e religiosos, muitos doentes foram torturados, mortos queimados em fogueiras santas, com a responsabilidade de autoridades instituídas e, enfim... de uma boa parte da comunidade que, refugiada na ignorância, queria acreditar ser essa a forma, de libertar o infeliz, de espíritos demoníacos, “purificando-lhe” a alma, para o resto da eternidade... Muitos desses rituais de carácter místico religioso e com alguma pretensão científica, forneciam à comunidade espectáculos públicos, que lhe permitia respirar de alívio... liberta, de tamanho incómodo!...
Dando largas à imaginação, conseguiam vislumbrar nos corpos contorcidos pelo horror, expressões e urros do Demónio, assim afastado por algum tempo.
Enquanto isso, alguns espíritos livres, abafavam no peito a revolta pela barbárie e, receosos de se verem envolvidos, relacionados ou acusados de artes de feitiçaria, ou de pactos com o demónio, viam-se obrigados a assistir impávidos aos crimes, que desde sempre, a ignorância tem permitido justificar!
Dando largas à imaginação, conseguiam vislumbrar nos corpos contorcidos pelo horror, expressões e urros do Demónio, assim afastado por algum tempo.
Enquanto isso, alguns espíritos livres, abafavam no peito a revolta pela barbárie e, receosos de se verem envolvidos, relacionados ou acusados de artes de feitiçaria, ou de pactos com o demónio, viam-se obrigados a assistir impávidos aos crimes, que desde sempre, a ignorância tem permitido justificar!
segunda-feira, maio 16, 2005
Continuação 1
O mal estar, o estado agudo ou crónico de infelicidade e no geral todas as alterações de ordem mental, têm sido dificilmente enquadradas e aceites, como um problema de saúde. Não esqueça-mos, os muitos epilépticos ou esquizofrénicos que foram sacrificados pela ignorância, hipocrisia ou impotência, relegados para um papel de personagens a destruir ou esconder, entendidos como aliados do diabo ou instrumentos usados por forças ocultas com intuitos demoníacos.
Essas pessoas, num passado bem recente, não eram consideradas como doentes. Não tinham direito a esse estatuto. Acabavam, na prática, por representarem inimigos a abater, ou no mínimo, a esconder, pela afronta á sabedoria e pelo incómodo geral que causavam, quer por perguntas ou afirmações estranhas, como por comportamentos bizarros, para os quais a ciência e a lógica, não tinham resposta ou explicação. Ora, como é hábito nestas situações, em vez de nos confrontarmos com a ignorância e impotência, temos uma tendência natural para olhar á volta, em busca de um culpado. No caso dos esquizofrénicos ou dos epilépticos, atribuía-se a culpa, de uma forma abstracta, ao demónio, ou a algum espírito maligno, que possuía o desgraçado e que, agindo através dele, perturbava a ordem e a paz, estabelecendo dúvidas onde deviam reinar certezas. Muitas vezes eram encontrados responsáveis para estas situações perturbadoras; bruxas, magos, seres das trevas, servos do Diabo... gente, com o poder de endemoinhar uma pessoa, personagens, pertencentes ao imaginário do colectivo e, relatos de crânios furados para que o espírito perturbador se pudesse escapar, chegam-nos do Egipto de há três mil anos atrás!
Essas pessoas, num passado bem recente, não eram consideradas como doentes. Não tinham direito a esse estatuto. Acabavam, na prática, por representarem inimigos a abater, ou no mínimo, a esconder, pela afronta á sabedoria e pelo incómodo geral que causavam, quer por perguntas ou afirmações estranhas, como por comportamentos bizarros, para os quais a ciência e a lógica, não tinham resposta ou explicação. Ora, como é hábito nestas situações, em vez de nos confrontarmos com a ignorância e impotência, temos uma tendência natural para olhar á volta, em busca de um culpado. No caso dos esquizofrénicos ou dos epilépticos, atribuía-se a culpa, de uma forma abstracta, ao demónio, ou a algum espírito maligno, que possuía o desgraçado e que, agindo através dele, perturbava a ordem e a paz, estabelecendo dúvidas onde deviam reinar certezas. Muitas vezes eram encontrados responsáveis para estas situações perturbadoras; bruxas, magos, seres das trevas, servos do Diabo... gente, com o poder de endemoinhar uma pessoa, personagens, pertencentes ao imaginário do colectivo e, relatos de crânios furados para que o espírito perturbador se pudesse escapar, chegam-nos do Egipto de há três mil anos atrás!
sexta-feira, maio 13, 2005
Sobre a doença e a saúde
É um comum ouvir-se dizer, que a saúde é um bem essencial. Não é suposto, que alguém deseje ficar doente! Ninguém assume gostar de estar doente. A doença condiciona e é desagradável! Não parece por isso fazer sentido, alguém desejar ficar doente. Ao contrário, todo o doente, nesta linha de raciocínio, deseja curar-se. Porém, as coisas da saúde e da doença, não são realmente assim tão lineares e a verdade, é que em determinadas situações de desequilíbrio, muitos “optam”, a um nível mais ou menos inconsciente, pela doença! Pelos mais variados motivos!
Uma série de perturbações que têm vindo a ser designadas como doenças psicossomáticas, estão, a maior parte das vezes, relacionadas com a incapacidade para lidar com situações que seria pressuposto serem resolvidas e ultrapassadas, sem que o indivíduo entrasse em distonia. Contudo, é já clássica a expressão: gastrite ou colite, nervosa!... Por outro lado, é bem conhecida a relação entre o desgosto ou a tristeza e a propensão para a doença. Constata-se ainda, a facilidade com que algumas pessoas ficam doentes quando os “outros” as contrariam e a vida não lhes corre de feição, raiando a chantagem e a manipulação desses “outros”, através do seu estado de saúde!
Convêm entretanto não esquecer, que o conceito de saúde e de doença, fez com que na generalidade, se associe a doença á dor física e não se levem em consideração, muitos sintomas mais silenciosos e subtis, que poderiam servir-nos de alerta para estágios iniciais de doenças mais ou menos graves!
Uma série de perturbações que têm vindo a ser designadas como doenças psicossomáticas, estão, a maior parte das vezes, relacionadas com a incapacidade para lidar com situações que seria pressuposto serem resolvidas e ultrapassadas, sem que o indivíduo entrasse em distonia. Contudo, é já clássica a expressão: gastrite ou colite, nervosa!... Por outro lado, é bem conhecida a relação entre o desgosto ou a tristeza e a propensão para a doença. Constata-se ainda, a facilidade com que algumas pessoas ficam doentes quando os “outros” as contrariam e a vida não lhes corre de feição, raiando a chantagem e a manipulação desses “outros”, através do seu estado de saúde!
Convêm entretanto não esquecer, que o conceito de saúde e de doença, fez com que na generalidade, se associe a doença á dor física e não se levem em consideração, muitos sintomas mais silenciosos e subtis, que poderiam servir-nos de alerta para estágios iniciais de doenças mais ou menos graves!
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