sexta-feira, janeiro 19, 2007

Inquietude

Será a inquietude uma virtude?! Um estado de alma p'ra além do nirvana, ou, pelo contrário... falta algo ao inquieto que não lhe permite entender o meio em que se move, e por isso não pode, recusa-se a aceitar, que esse é o reflexo... a consequência... da sua própria incompetência?!
Será a inquietude apenas... um estado, que não interfere, não cataliza, não determina ou cria, coisa alguma?
Quem é afinal o inquieto? ...Um doente da mente, um ansioso bem definido que vive agastado por não tomar o comprimido, um descontente com a terapêutica que desde sempre tem sido prescrita às massas por quem serenamente rege o mundo, doura a pílula e faz truques de ilusionismo que criam sensação e fazem arrepiar os cabelos do cú... ou, por outro lado, o inquieto é um iluminado, um homem livre, que de tão à frente e consciente da barbárie que o rodeia, espera conseguir - de alguma forma - mudar, as àguas inquinadas em que nasceu e se movimenta?

10 comentários:

maria josé quintela disse...

Obrigada pelas palavras que deixaste no meu lugar.
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Não diria incompetência, sim imperfeição.
O inquieto cria porque tudo questiona, nada lhe basta.
O inquieto pode parecer um homem inútil, mas eu acredito que é um homem livre.

croqui disse...

inquietude?!

provavelmente é tudo isso e muito mais!

ou não é nada disso e não faço ideia do q é porque parece-me uma questão filosófica à qual ainda não encontro resposta, nem sei, nem quero saber, pois se soubesse deixava de o ser!

nice post!
nice blog!

parabéns!

uivomania disse...

Maria J. Quintela:
Bem vinda.
Posso concordar com a tua opinião, particularmente quanto à utilidade do inquieto.

uivomania disse...

Croqui:
Bem vindo.
Pois! Se calhar, teremos de ficar pela questão filosófica. Nada de grave. Espero!

Manuel Veiga disse...

um abraço. gosto de saber-te inquieto

P.E.S. disse...

Uma questão.
Será que o inquieto é feliz?
Eu, pra já, penso que não.

uivomania disse...

+desabafos:
Pondo de parte a retórica; olhando para essa vertente da coisa, não posso deixar de questionar, o que é a felicidade.

Lady Mizar disse...

Que blog espantoso. Vai começar a fazer parte das minhas visitas habituais!

Pois eu acho que a inquietude é com peso e medida o pistão da mudança. Sem peso é insustentável, sem medida é inultrapassável.

Abraço,
Mizar

uivomania disse...

Lady Mizar: Obrigado pelo comentário e pelo elogio.
Essa, da inquietude com peso e medida poder ser um pistão de mudança, está bem vista.
Talvez um dia, possa vir a entender que a inquietude... é afinal, um estado de suprema serenidade...

Eu não sei, você sabe? disse...

A inquietude que nos incomoda é a mesma que faz mover o mundo, seja ele qual for. O nosso particular ou o mais geral.
Sendo assim, acredito nela e por isso talvez seja tão difícil me desprender dela.

Gostei da sua visita e da oportunidade de conhecer seu blog!

Um abraço.